COMO A FOLHA ESTÁ DEIXANDO DE SER OPERACIONAL? BATE PAPO COM AUDITOR-FISCAL DO TRABALHO
Hora de discutir o futuro da folha de pagamento e entender como ela está se tornando cada vez mais estratégica para o RH e para os negócios.
Confira a entrevista com João Paulo Machado, Auditor-Fiscal do Trabalho e Coordenador Geral de Governo Digital Trabalhista.
Hora de discutir o futuro da folha de pagamento e entender como ela está se tornando cada vez mais estratégica para o RH e para os negócios.
Confira a entrevista com João Paulo Machado, Auditor-Fiscal do Trabalho e Coordenador-Geral de Governo Digital Trabalhista.
Confira a entrevista com João Paulo Machado, Auditor-Fiscal do Trabalho e Coordenador-Geral de Governo Digital Trabalhista.
Confira a entrevista com João Paulo Machado, Auditor-Fiscal do Trabalho e Coordenador-Geral de Governo Digital Trabalhista.
Por que a área de Governo Digital Trabalhista foi criada e quais são seus principais parceiros de trabalho?
João Paulo Machado: A área foi criada com o fim exclusivo de implementar o eSocial, em 2019. Ela cuida dos contratos, da gestão das demandas, do desenvolvimento do sistema, da relação institucional e internalização dos dados. Possui contato contínuo com diversos conselhos e federações, representantes empresariais e, claro, com empresas desenvolvedoras de software, pois são elas que dão ao empregador, muitas vezes, a tecnologia e a sistemática que facilita o processo de prestação da informação.
É uma área que tem um foco: desenvolvimento do eSocial atrelado a internalização dos dados dentro do Ministério do Trabalho e Previdência para uso dos variados ministérios.
Com o eSocial já consolidado, de que forma a área de Governo Digital Trabalhista influencia o RH das empresas?
"O eSocial vai de encontro com a legislação. E a diretriz é simplificar ao máximo o sistema."
O eSocial vem para descomplicar às exigências legais?
João Paulo Machado: Por mais que o sistema ainda pareça complexo, vale reforçar que ele vai de encontro com a legislação. Nós temos uma lei que define que a hora noturna tem duração de 52 minutos e 30 segundos para fins de trabalho, tem o adicional noturno de um percentual, e mais um adicional de 50% se for uma hora extra. Calcular tudo isso é complexo, mas é a legislação que estabelece. Ela que define os prazos de envio das informações, que diz que o prazo de envio da Comunicação de Acidente do Trabalho (CAT), por exemplo, é um dia. Caso a lei não seja alterada, não tem como a administração do eSocial mudar isso. Mas quando há possibilidade, a diretriz é essa de simplificar ao máximo.
Como o eSocial contribui para que as empresas se desvencilhem do aspecto operacional e passem a atuar de uma forma mais estratégica?
João Paulo Machado: Uma das diretrizes do Governo Digital Trabalhista é: se eu tenho mais de um caminho para desenvolver um sistema governamental e um deles vai ser mais simples para o usuário, ainda que para nós seja mais complexo e trabalhoso, é mais interessante segui-lo.
Considerando o volume de demandas do RH, quando você passa a ter um sistema único cuidando de tudo, obtém um processo estratégico e gerencial muito melhor. É aí que você começa a fazer análises daquelas informações, de estatísticas, de comparações, de situações que antes não tinha tempo.
O seu fôlego era só para enviar, cumprir e executar cada demanda em sistemas fragmentados, e fazer o cruzamento de dados era um trabalho muito maior. Agora, os dados estão consolidados no seu sistema de folha único, liberando mais tempo e disponibilidade para se preocupar com outros processos estratégicos.
“Hoje, basta preencher todas as informações no seu sistema de folha e ele, de forma automática, encaminha para o eSocial o que é necessário, reduzindo preocupações.”
Como o eSocial gerou necessidade de digitalização dentro das empresas?
João Paulo Machado: Costumo dizer que todas as obrigações que foram substituídas pelo eSocial, na verdade, foram substituídas por nenhuma obrigação. Digo isso porque o que as empresas têm que fazer, efetivamente, é alimentar no seu sistema de folha próprio as informações daquele vínculo, folha de pagamento, comercialização. Enfim, aqueles dados que são necessários para o eSocial.
Isso ela já tinha que fazer antes. Já tinha um sistema de folha de pagamento que fazia toda essa gestão. Mas, além de fazer isso, era preciso cumprir todas as obrigações, anotar no livro ou em papel, enviar um arquivo aqui, outro ali. Tudo de forma fragmentada.
Hoje, basta preencher todas as informações no seu sistema de folha de forma muito mais didática e amigável e ele, de maneira automática, encaminha para o eSocial o que é necessário, reduzindo preocupações. É o seu sistema de folha que gera o XML por traz da informação. Isso resulta para as empresas uma necessidade de controle do processo, de digitalização, de um sistema único e adequado.
“As empresas que entendem os benefícios da digitalização são aquelas que saem na frente. E colhem os frutos desse movimento.”
Quais são os desafios que as empresas têm encontrado na adoção do eSocial e na própria digitalização?
João Paulo Machado: Trabalhar com o Governo Digital tem uma dificuldade técnica e operacional de desenvolver sistema, criar soluções, investir em tecnologia, ter equipes focadas, porém, 80% da dificuldade de adaptação por parte das empresas é cultural. Percebo que é necessário mudança de posicionamento e aceitação da nova forma de fazer as coisas e, então, passar a utilizar o benefício disso.
A gente encontra muita gente que tem medo de se adaptar, e não só empresários e empregadores, mas também prestadores de serviços, porque eles sabem que agora vão precisar se mexer. Isso exige estudo, dedicação, investimento, e as vezes as pessoas não estão preparadas. Muitos profissionais de DP, RH e Contabilidade estão abandonando a área por causa da mudança. E não só pelo eSocial, mas a verdade é que são muitas mudanças e evoluções. Então, se não fosse o eSocial, teria outro sistema, outra tecnologia.
A questão é: não dá mais para ficar preso no processo que fazíamos há décadas passadas. Então, há sim muitos que tem medo e outros aterrorizados com a mudança. E tem aqueles que não tem medo, mas sim dificuldade de conseguir adaptar, evoluir naquilo. Em alguns casos, pessoas que você nem imagina, que tem uma capacidade intelectual elevadíssima, que pode ser doutor em uma determinada área, mas quando chega na tecnologia, trava de uma forma absoluta.
Por isso do grande desafio, um desafio para todos. E o Governo Digital também tem isso muito claro, de que existe esse desafio, essa diferença de condições, para que tudo aconteça dentro de um caminho que seja suficiente para todos.
COMO A LG LUGAR DE GENTE PODE AJUDAR SUA EMPRESA?
POR QUE A LG LUGAR DE GENTE?
Desde 2010, a LG lugar de gente contribui com o projeto eSocial, participando do grupo de empresas piloto do governo federal. Além disso, investiu mais de 200 mil horas no desenvolvimento e atualização de seus sistemas para se adequar ao projeto.
Há mais de 37 anos no mercado, a LG lugar de gente contribui com a transformação digital do RH em mais de 2 mil empresas de diferentes portes e segmentos de forma direta e indireta, sendo que mais de 1,8 milhão de trabalhadores têm sua folha de pagamento processada pela solução LG.
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